Duas cientistas da Uerj são selecionadas para o prestigiado painel climático da ONU

As pesquisadoras Letícia Cotrim e Luciana Prado integram o grupo do IPCC que definirá as diretrizes globais contra o aquecimento global nos próximos anos

As professoras Letícia Cotrim e Luciana Prado
Foto: Reprodução

O Brasil reforça sua liderança no debate ambiental global com a nomeação de duas professoras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) para o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU. Letícia Cotrim e Luciana Prado passam a integrar o seleto grupo de especialistas que elaborará o Sétimo Relatório de Avaliação (AR7), documento que serve de base para as decisões políticas de quase todos os países do mundo.

  • Expertise em foco: alessandra Magrini (Coppe/UFRJ e Uerj) atuará no grupo focado em Mitigação, enquanto Letícia Cotrim (Faculdade de Oceanografia) contribuirá com estudos sobre Oceanos e Áreas Costeiras.

  • Papel do IPCC: o painel não faz pesquisas próprias, mas avalia e sintetiza o que há de mais avançado na ciência mundial para orientar governos sobre os riscos do aquecimento global.

  • Representatividade: a presença de mulheres e cientistas do Hemisfério Sul é vista como fundamental para trazer uma perspectiva mais equânime e regionalizada sobre os impactos climáticos.

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A seleção para o IPCC é considerada o “Oscar” da ciência climática. Letícia Cotrim, que já tem histórico em expedições na Antártica e estudos sobre a acidificação dos oceanos, reforça a importância de monitorar o litoral brasileiro — um dos mais vulneráveis à subida do nível do mar. Já Luciana Prado traz sua vasta experiência em energia e planejamento ambiental, essenciais para as metas de descarbonização da economia.

Para a Uerj, a nomeação é um marco de prestígio acadêmico. Em um momento de emergência climática extrema, ter vozes brasileiras dentro do IPCC garante que as particularidades dos biomas locais e os desafios de transição energética do país sejam considerados nos grandes cenários globais.

“A escolha reflete a excelência da pesquisa produzida no Rio de Janeiro e coloca a Uerj diretamente no centro das decisões que definirão o futuro sustentável do planeta.”

Com informações da Agência Brasil