Cenas de rios que cortam grandes metrópoles europeias, como o Isar, em Munique, transformados em áreas balneáveis para a população, ilustram um dos maiores sucessos de política ambiental do continente. O fenômeno, que se repete em diversas capitais, é resultado de décadas de legislação rigorosa, monitoramento constante e investimentos bilionários em tratamento de esgoto.
- O Cenário: um relatório recente indicou que 78% dos rios e lagos da Europa possuem qualidade de água considerada excelente.
- A Fórmula: o sucesso é atribuído a três pilares: legislação ambiental rigorosa, monitoramento contínuo da qualidade da água e alto investimento em saneamento básico.
- Casos de sucesso: o rio Sena, em Paris, foi revitalizado com um investimento de € 1,4 bilhão; já a recuperação do rio Reno custou mais de US$ 15 bilhões.
- Cultura e lazer: em cidades como Berna (Suíça) e Londres (Inglaterra), nadar ou passear de bote nos rios Aar e Tâmisa já se tornou uma tradição de verão.
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Um dos casos mais emblemáticos de recuperação é o do rio Sena, em Paris. O rio foi o centro de um projeto de despoluição de € 1,4 bilhão, visando prepará-lo para os Jogos Olímpicos de 2024. Apesar de uma polêmica envolvendo atletas que passaram mal após uma prova-teste, o Sena foi amplamente utilizado para lazer pela população durante o último verão europeu.
Outro exemplo de grande escala é o rio Reno, o maior da Alemanha. Desde 1989, um esforço conjunto entre seis países banhados pelo rio e a iniciativa privada resultou em um investimento superior a US$ 15 bilhões para sua despoluição. Hoje, a qualidade da água permite a prática de nado em diversos trechos.
Esse padrão de recuperação não se restringe a projetos específicos. Na Suíça, descer o rio Aar a nado ou em botes é uma tradição na capital, Berna. Em Londres, trechos do Tâmisa também foram liberados para banhistas, mostrando que a revitalização dos corpos d’água urbanos é uma tendência consolidada no continente.