Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Zhengzhou, na China, e da Universidade do Sul da Austrália publicado nesta terça-feira, 24, apontou que um bioplástico pode ser usado como uma película para reduzir a temperatura de construções e, consequentemente, o consumo de energia, ao diminuir o uso do ar-condicionado.
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O material, um plástico feito de PLA (Ácido Polilático) que deve ser colocado como uma película durante horários de pico de luz solar, é capaz de refletir 98,7% da luz soler e reduzir passivamente as temperaturas em até 9,2°C. As informações são do “IFL Science”.
“Nosso metafilme oferece uma alternativa ecologicamente correta ao ar condicionado, que contribui significativamente com as emissões de carbono”, explicou o principal autor do estudo Yangzhe Hou, em um comunicado.
Além de refletir a luz solar, o plástico permite que o calor interno de um edifício escape, fazendo com que a construção fique mais fria do que o ar ao seu redor.
Fora do laboratório, o material se mostrou capaz de gerar uma queda média de temperatura de 4,9°C de dia e 5,1°C à noite. Em um experimento conduzido em um ambiente ácido e com alta radiação ultravioleta que durou 120 horas, o equivalente a oito meses no ar livre, o plástico manteve o resfriamento.
Caso o uso do material fosse aplicado em uma cidade como Lhasa, no Tibete, o uso de ar-condicionado poderia ser reduzido em até 20,3%, apontaram simulações.
Segundo o coautor da pesquisa Xianhu Liu, a maior parte dos sistemas de resfriamento passivos, como o testado no estudo, são de origem petroquímica, o que traz preocupações sobre a sustentabilidade. Em compensação, o PLA do plástico analisado é biodegradável e derivado de plantas.