Com o objetivo de chamar a atenção para a importância da preservação do Cerrado, o fotógrafo e ambientalista Mário Barila está em Brasília (DF) para produzir um ensaio fotográfico que homenageia a capital federal e, ao mesmo tempo, alerta para a degradação do segundo maior bioma brasileiro. As imagens produzidas serão comercializadas para financiar as ações ambientais realizadas pelo seu Projeto Água Vida.
- Iniciativa: Um ensaio fotográfico em Brasília une arte e ativismo ambiental.
- Objetivo: Arrecadar fundos para ações de preservação do Cerrado, bioma que já perdeu cerca de 50% de sua vegetação original.
- Ação: O projeto também distribuirá sementes de espécies nativas em eventos na capital.
- Apoio: Serão construídos novos viveiros de mudas para reflorestar áreas degradadas, incluindo a Chapada dos Veadeiros.
A nova série de fotos retrata o Primeiro Corpo de Baile do Distrito Federal – formado por Maria Cecília Azevedo, Íris Nogueira, Samuel Maia e Vitor Gabriel Moreira – em frente aos principais cartões postais da cidade, destacando a arquitetura de Oscar Niemeyer e outros grandes nomes do paisagismo nacional.
Além da venda das fotos, o Projeto Água Vida distribuirá sementes de espécies nativas durante o Encontro dos Povos do Cerrado, que acontece entre 10 e 13 de setembro, no Eixo Cultural Ibero-Americano. Também haverá doação de sementes no evento “Cerrado seu Lindo”, organizado pelo Instituto Regenerativo Tempo de Plantar, no dia 14 de setembro, no Parque da Cidade.
A escolha de Brasília para a ação, segundo Barila, deve-se à situação alarmante do bioma. De acordo com dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o Cerrado já é o mais desmatado do país. As queimadas e a intervenção humana ameaçam um ecossistema que abriga grandes reservas subterrâneas de água, responsáveis pelo abastecimento das principais bacias hidrográficas do Brasil.
Novos viveiros para o reflorestamento
Em Brasília, o Projeto Água Vida auxiliará na ampliação da estrutura de viveiros de plantas nativas de duas entidades de defesa ambiental: a Associação Amigos da Floresta (AAF) e a Associação Cerrado de Pé.
A nova estrutura permitirá que a AAF aumente sua produção de mudas destinadas ao reflorestamento. Já a Associação Cerrado de Pé passará a cultivar mudas de árvores, com foco no Cedro Rosa (espécie ameaçada de extinção), para a recuperação de áreas degradadas no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
“Com essas ações, queremos contribuir com a recuperação do Cerrado, seja com algumas árvores plantadas ou fornecendo mudas para quem quer engajar nessa luta”
Mário Barila, fotógrafo e ambientalista