Revista coloca Lula, Paes e embaixador da COP na lista dos mais influentes no clima

Lista da Time elenca as 100 personalidades mais marcantes da ação climática em 2025 e conta com cinco brasileiros

COP30

A revista Time incluiu cinco brasileiros na lista das 100 pessoas mais influentes da ação climática em 2025: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o embaixador André Corrêa do Lago, o DJ Alok, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e a pesquisadora da Embrapa Mariangela Hungria. A presença do grupo reflete o crescente protagonismo do Brasil na agenda ambiental global e antecede a realização da COP30, marcada para novembro, em Belém (PA).

Entre os brasileiros citados, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, ganha destaque pela responsabilidade de conduzir as negociações internacionais em um “cenário político fragmentado”. Segundo a revista, Corrêa do Lago tem buscado unir governos, empresas e sociedade civil em torno de soluções concretas, promovendo um “mutirão global” pela ação climática. Em suas declarações, o embaixador enfatiza que a cooperação internacional é o único caminho viável para enfrentar a crise ambiental e que o Brasil deve liderar “pelo exemplo”.

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A publicação ressalta que a escolha de Belém como sede da conferência simboliza a tentativa do governo brasileiro de reposicionar o país como liderança climática. Desde 2022, o presidente Lula tem defendido que a transição ecológica seja economicamente sustentável, conciliando metas ambientais e desenvolvimento. Apesar de críticas sobre o apoio à exploração de petróleo, o governo argumenta que o combate às mudanças climáticas pode impulsionar setores estratégicos como energia limpa e biocombustíveis.

A Time também destacou o trabalho de Eduardo Paes em tornar o Rio de Janeiro uma referência em sustentabilidade urbana, de Mariangela Hungria no avanço da agricultura de baixo carbono e de Alok na promoção da causa indígena e amazônica por meio da música.

A expectativa para a COP30 é de avanços práticos em áreas como energia, indústria e florestas, mais do que de um grande acordo global. Corrêa do Lago afirmou que o sucesso do encontro dependerá da capacidade de o multilateralismo produzir resultados concretos.

“Se conseguirmos mobilizar coalizões que façam o mundo avançar nas direções certas, a conferência terá cumprido seu papel”, disse ele à revista Time.