Eco Invest Brasil mobiliza R$ 75 bilhões e Tesouro avalia novos leilões para 2026

Com R$ 14 bilhões já aplicados em projetos de impacto, programa de financiamento climático consolida transição energética e mira bioeconomia amazônica

Fundos e investimentos ambientais
Foto: Freepik

O Tesouro Nacional informou nesta segunda-feira, 22 de dezembro, que o programa Eco Invest Brasil encerra o ano de 2025 com mais de R$ 14 bilhões financiando projetos de alto impacto econômico, social e ambiental. Diante da expansão da carteira e dos resultados consolidados, o órgão avalia a realização de novos leilões para 2026, com foco em setores inovadores, transição energética e bioeconomia.

  • Mobilização de capitais: o programa soma R$ 75 bilhões mobilizados, dos quais R$ 46 bilhões foram captados no mercado externo.

  • Rede bancária: atualmente, 12 instituições financeiras estão credenciadas, sendo nove bancos privados e três públicos.

  • Eixos de atuação: os recursos já contemplam projetos em economia circular, infraestrutura verde, adaptação climática e recuperação de terras degradadas.

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Do discurso ao impacto real

Para o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, os números de 2025 comprovam que a agenda de sustentabilidade foi integrada à economia real. “O Eco Invest provou que está além de um programa de financiamento. Ele reposicionou o Brasil no centro das decisões globais sobre financiamento climático”, afirmou Ceron em nota oficial.

A credibilidade do mecanismo é reforçada pelo volume de captações externas, que evidencia a confiança de fundos internacionais na capacidade institucional brasileira de transformar capital em ativos sustentáveis.

“O País tem escala, projetos e capacidade para transformar capital em impacto real. Os números comprovam que essa agenda entrou na economia.”

Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional

Perspectivas e Inovações para 2026

No segundo semestre de 2025, o governo lançou dois novos leilões que seguem com propostas abertas até o início de 2026. O primeiro foca em investimentos de equity (participação acionária) para startups e empresas verdes em expansão, utilizando o hedge cambial como inovação financeira para mitigar riscos.

O segundo leilão, anunciado durante a COP30, é voltado especificamente para a bioeconomia e o turismo sustentável na região amazônica. Para o próximo ano, a expectativa do Tesouro é ampliar o alcance do programa, incorporando setores ainda não atendidos e fortalecendo instrumentos voltados a projetos inovadores em fase inicial (early stage).

Com informações do Estadão Conteúdo