Tráfico de pangolins: Nigéria avança na proteção do animal ameaçado de extinção

Pangolim

Ameaçados de extinção, os pangolins são cobiçados no mercado ilegal de animais selvagens em diversas regiões da África, onde sua carne e escamas podem atingir altos preços. Na Nigéria, no entanto, ações de repressão ao tráfico desses animais estão contribuindo para a preservação da espécie.

Olivia Swaak-Goldman, diretora executiva da ONG Wildlife Justice Commission, afirma que os resultados demonstram a eficácia de investigações de inteligência de longo prazo. Por sua vez, o ambientalista Chinedu Mogbo solicita maior investimento governamental para a contratação de novos guardas florestais, visando reforçar a proteção desses mamíferos nas florestas nigerianas.

Os pangolins são os mamíferos mais traficados do mundo, com sua carne e escamas atingindo altos preços no mercado ilegal de animais selvagens. Esse comércio ilícito, que se estende por diversas regiões da África e da Ásia, tem levado as espécies de pangolins a um risco iminente de desaparecimento. No entanto, esforços globais e ações coordenadas estão em andamento para frear esse crime ambiental.

Combate ao tráfico e proteção legal

Ações de repressão ao tráfico de pangolins têm mostrado resultados promissores em países como a Nigéria, onde investigações de inteligência de longo prazo e o reforço da fiscalização são cruciais para salvar a espécie. Segundo Olivia Swaak-Goldman, diretora executiva da ONG Wildlife Justice Commission, tais operações demonstram que o trabalho investigativo persistente pode ser eficaz. O ambientalista Chinedu Mogbo, por sua vez, defende mais investimentos governamentais na contratação de guardas florestais para fortalecer a proteção desses mamíferos nas florestas.

A proibição do comércio internacional de pangolins foi um marco crucial na luta pela sua conservação. Em 2016, durante a Conferência Internacional da CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção), realizada em Joanesburgo, África do Sul, foi aprovada uma medida que garante a proteção total a todas as oito espécies de pangolins. Essa decisão proibiu seu comércio em todo o mundo, um avanço significativo que colocou os pangolins no Apêndice I da CITES, categoria de maior proteção.

Esforços internacionais e desafios

Os Estados Unidos têm reforçado a proteção do pangolim, reconhecendo-o como o mamífero mais traficado do mundo e adotando medidas para combater o comércio ilegal. No entanto, o desafio é imenso. Centenas de milhares de pangolins ainda são vendidos ilegalmente na Ásia, impulsionando a caça furtiva e o tráfico na África. O Vietnã, por exemplo, tem intensificado sua luta contra o tráfico de pangolins, implementando campanhas de conscientização e ações de fiscalização para desmantelar as redes criminosas.

A demanda por escamas de pangolim na medicina tradicional asiática e por sua carne, considerada uma iguaria em algumas culturas, alimenta esse mercado clandestino. Apesar dos avanços legislativos e das operações policiais, a complexidade e a extensão das redes de tráfico exigem uma cooperação internacional contínua e um compromisso reforçado por parte dos governos para erradicar essa prática e garantir a sobrevivência desses animais únicos.